A Polícia Federal está lançando uma ofensiva contra sites que transmitem ilegalmente partidas de futebol de campeonatos no Brasil e no mundo. Sites como o Futemax, por exemplo, estão no alvo inicial, segundo esta coluna apurou junto a fontes envolvidas na operação.
Grandes operadoras do Brasil, empresas como Globosat e outras detentoras de direitos dessas transmissões estão colaborando com as investigações e operações em andamento.
Esse tipo de pirataria é apontado como uma das principais causas da queda na venda de pacotes de PPV. Em alguns casos, o site que pirateia os esportes consegue transmiti-los em qualidade até superior à do PPV (pay-per-view).
A redução das vendas fez a Globo negociar com os clubes uma remuneração menor pelo PPV, como informou com exclusividade em setembro o blog de Rodrigo Mattos, do UOL.
A situação é ruim para Globo, para os clubes e para as operadoras, que ganham porcentagem do PPV e outros conteúdos on demand.
Além da pirataria em si, sites que transmitem futebol e outros esportes de maneira “pirata” também são considerados altamente perigosos em termos de disseminação de malwares e vírus destinados a corromper ou furtar dados pessoais dos usuários.
A ABTA (Associação Brasileira de TVS por Assinatura), as operadoras e o governo, por meio da Ancine, além da própria PF, também estão agindo de forma conjunta contra a venda de aparelhos que permitem não só a pirataria de canais, mas também de serviços de streaming.
Na última sexta foi anunciado um acordo de cooperação técnica entre a Ancine e o site de vendas Mercado Livre, a respeito do veto a anúncios e venda de aparelhos e boxes ditos de TV digital que não tenham sido homologados pela Anatel.
Alguns boxes vendidos têm até aparência legal e chegam até a ludibriar a Anatel, mas com algum ajustes no hardware permitem a captação de sinais clandestinos de canais pagos e de streaming.
Fonte: UOL