O Grupo Gay de Alagoas (GGAL) anunciou que tomará medidas legais contra o vereador Franciney Joaquim, de Coruripe, após ele defender, em uma sessão da Câmara de Vereadores, a agressão a mulheres trans que utilizassem banheiros femininos. O GGAL acionará o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL) para apresentar uma denúncia penal contra o vereador por homofobia, com base na Lei de Racismo. Além disso, a entidade solicitará à Câmara de Vereadores de Coruripe que instaure uma investigação por quebra de decoro parlamentar pelo vereador.
“Nós, do Grupo Gay de Alagoas, juntamente com o Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rêgo, iremos apresentar uma ação no MPE de Coruripe, solicitando ao promotor que instaure um inquérito com base na lei de combate ao racismo, que considera a transfobia e homofobia como crime de racismo. Ao mesmo tempo, solicitaremos à Câmara Municipal que investigue se houve quebra de decoro parlamentar por parte desse vereador”, afirmou o presidente do GGAL, Nildo Correia.
O vereador Franciney Joaquim havia feito comentários discriminatórios durante a sessão da Câmara de Vereadores de Coruripe, argumentando que os banheiros públicos são destinados apenas a pessoas biologicamente femininas.
ASSISTA O VÍDEO:
O caso ganhou repercussão nas redes sociais, com o vídeo da sessão sendo divulgado amplamente. A Câmara de Vereadores de Coruripe informou que discutirá o assunto em uma reunião na próxima semana, que contará com a presença da promotora de Justiça da comarca e membros do GGAL. O grupo LGBTQIA+ em Alagoas busca responsabilizar o vereador por suas palavras e ações discriminatórias, buscando combater a homofobia e a transfobia na região.
Da Redação