Por que o Juventude terá dificuldades para retornar após o rebaixamento no Campeonato Brasileiro

Embora a maioria dos torcedores brasileiros esteja ciente de como a pirâmide do futebol pode ser desafiadora, o início da nova campanha nacional foi um despertar rude para as equipes de todos os níveis. Poucos imaginariam o início rápido do Fluminense no Campeonato Brasileiro, mas, na segunda divisão, o Juventude tem se esforçado para se adaptar à vida na Série B.

Depois de ser promovido na campanha de 2020-21, que foi realizada a portas fechadas, o time fez bem em evitar o rebaixamento imediato após retornar à primeira divisão no ano seguinte. Mas a última temporada provou ser demais para a equipe do Rio Grande do Sul e, com apenas três vitórias em toda a campanha, foi rebaixada, terminando na última posição.

Apesar disso, as apostas de futebol na Betfair previram um retorno do Juventude à Série A após um verão animador. De fato, o time foi bem na Copa do Brasil, embora tenha sido derrotado por pouco pelo São Luiz, e seus gols no Guacho fizeram com que terminasse em quinto lugar no geral, com um dos melhores registros ofensivos em uma tabela competitiva com Grêmio e Internacional. No entanto, os campeonatos estaduais são completamente diferentes da Série B, e as coisas foram de mal a pior para o Juventude no que diz respeito às suas ambições no Campeonato Brasileiro.

A campanha culminou com a saída do polêmico técnico Celso Roth e, embora Pintado tenha sido indicado como seu substituto, o treinador de 57 anos passou por seis clubes nos últimos três anos e dificilmente garante consistência. Esta será sua segunda passagem como técnico do Juventude.

“Encontro um Juventude muito maior do que quando saí e isso aumenta minha responsabilidade”, disse ele. “Hoje ele tem uma estrutura de Série A e isso é muito importante para aqueles que têm um objetivo como o do Juventude.

“O que está muito claro é que tem muita gente trabalhando para que o clube volte para onde merece estar. Estou muito feliz, motivado, com certeza há muitos treinadores melhores do que eu, mas nenhum mais motivado do que eu.”

A tarefa agora é que Pintado recupere sua reputação como técnico, mas duas derrotas nos dois primeiros jogos dificilmente são um quadro de sucesso no Estádio Alfredo Jaconi. Embora as apostas Série B fizessem com que sua equipe, que conta com jogadores europeus experientes como Nenê, estivesse à beira dos playoffs, as derrotas para Botafogo e Novorizontino, times que terminaram na metade inferior da tabela na última temporada, significam que o time está à beira de outra luta contra o rebaixamento se essa forma continuar. Os ânimos se exaltaram com a inconsistência do time na última temporada e, com o ex-técnico Roth já conhecido por se desentender com seus principais jogadores, é de se perguntar por quanto tempo haverá harmonia no vestiário.

Esta é essencialmente uma nova equipe do Juventude. Mais de 20 jogadores chegaram desde a virada do ano e quase o mesmo número de saídas se considerarmos os empréstimos. E, embora leve tempo para formar uma equipe que tenha química, é exatamente para isso que servem as ligas estaduais. Pintado precisará mudar sua sorte rapidamente.