Durante uma visita a Auschwitz — o maior dos campos de concentração nazistas no sul da Polônia —, um jovem de 17 anos do Bronx, em Nova York (EUA), inesperadamente descobriu um mistério familiar de 80 anos. O estudante chamado Yuval fez uma descoberta inesperada em uma exposição de desenhos infantis assustadores retratando guardas, armas e trens no infame campo de extermínio — o nome do irmão de seu avô, Freddy Popper, na época com 13 anos, entre as obras de arte. O destino de Freddy permaneceu um mistério, perdido na história, depois que os irmãos foram separados na Eslováquia.
“Até agora, o destino de Freddy eram apenas rumores”, Yuval disse ao New York Post. “Esta viagem deu à minha família uma prova e um encerramento que nunca imaginamos ser possível”, comentou. O Holocausto alterou irrevogavelmente o curso da vida de Michael Popper, deixando um vazio onde antes ficava seu irmão mais velho, Freddy. Com apenas 10 anos, Michael foi abrigado nas montanhas, escondido no celeiro de uma família cristã, enquanto Freddy foi enviado para viver com parentes em Budapeste.
Tragicamente, a tia e o tio de Freddy, ambos farmacêuticos, se envenenaram antes da invasão nazista, esperando que suas mortes pudessem melhorar as chances de sobrevivência de Freddy se ele fosse descoberto. Embora Michael tenha sobrevivido, o mistério do destino de seu irmão o assombrou até sua morte, em 2020.
Para Yuval, a viagem com o grupo de escoteiros Amigos de Israel (Tzofim América do Norte), foi profundamente pessoal. “Pensei em milhares de cenários sobre o que aconteceria na viagem”, disse ele. “E eu não poderia imaginar que seria [resolver] esse mistério familiar”, disse. A mãe de Yuval, Michal Poran, descreveu o momento como devastador. “Eu vi o nome e meu coração parou. Eu não conseguia respirar. Ele curou algo que estava quebrado há gerações”, disse Poran, 46, que imediatamente enviou uma foto do nome do tio para sua própria mãe.
A descoberta emocionante aconteceu há seis meses. Para Yuval, a experiência transformadora se tornou a base de sua redação para a faculdade. “Senti como se toda a minha família — gerações e gerações da minha família — estivesse comigo, atrás de mim, me segurando”, disse a adolescente. “Eu realmente queria que meu saba [avô] tivesse visto isso e pudéssemos ter conversado sobre isso”, disse o jovem. Refletindo sobre a tragédia da morte de seu tio-avô tão jovem, Yuval disse: “Teria sido triste, mas acho que ele ficaria orgulhoso de mim por ter feito essa viagem e encontrado esse pedaço da história da família.”
Fonte: TNH1