A Justiça de Alagoas confirmou, nessa segunda-feira (27), que está marcado para o dia 20 de março deste ano o Júri Popular de Jefferson Marcos Timóteo da Silva, acusado de matar a esposa, Carla Janiere da Silva Barros, dentro de uma loja do casal. O caso de feminicídio foi registrado em novembro de 2023, em Murici, município que fica localizado na Zona da Mata alagoana.
Jefferson Marcos está preso desde o dia do crime. Ele foi denunciado por homicídio quadruplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, sem chance de defesa da vítima e com agravante de feminicídio.
Na decisão que levou o acusado a júri popular, a juíza responsável pelo caso, Paula de Goes Brito Pontes, da Vara do único Ofício de Murici, citou que crimes a exemplo do feminicídio praticado por Jefferson, que são dolosos contra a vida, competem ao Tribunal Popular do Júri, que vai decidir se o réu é culpado ou não. A magistrada justificou a pronúncia de Jefferson com base na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Alagoas, que detalhou como o feminicídio da empresária Carla Janiere aconteceu.
O caso
- Carla Janiere foi executada a tiros dentro de uma loja recém-inaugurada pelo casal, em novembro de 2023, no município de Murici;
- Todos os disparos atingiram ela na região da cabeça;
- Antes de ser assassinada, Carla havia tido uma grave discussão com Jeferson e a briga foi filmada por uma funcionária da loja;
- Nas imagens, Jeferson aparece bastante agressivo e acaba quebrando o balcão do estabelecimento;
- No mesmo dia em que foi morta, Carla também chegou a enviar uma mensagem para a funcionária, identificada como Débora, dizendo que estava com medo da reação agressiva do marido. Na conversa, a empresária pediu para que Débora relatasse aos familiares o ocorrido;
- Após cometer o crime, Jeferson se escondeu no interior da loja e se fingiu de morto para tentar enganar os policiais, mas a farsa foi descoberta e ele acabou preso;
- Jeferson Marcos Timóteo, que está preso desde o dia do crime, já foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas por feminicídio.
Fonte: TNH1