O PP tem o Ministério do Esporte e a Caixa e pode aumentar sua cota no governo, embora, até agora, nada indique que ficará com Lula ou quem ele escolher como sucessor mais adiante. Partidos como Republicanos e União Brasil também estão oficialmente no barco de Lula, mas, com um pé em várias canoas, discutem abertamente chapas próprias para 2026.
Apesar das negativas, Tarcísio tem chance de ser candidato ao Planalto pelo Republicanos, com aval de Bolsonaro. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tenta, por sua vez, se consolidar para disputar a cadeira de Lula. Mas tem enfrentado resistências internas.
É nessa balbúrdia política que surge o fator decisivo: a economia. A ascensão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como possível sucessor de Lula nas fileiras do PT está atrelada ao sucesso nessa seara. A alta de juros sinalizada pelo Banco Central, no entanto, já indica o encolhimento econômico.
O dólar acima de R$ 6 e os juros na estratosfera serviram como biombo para esconder conquistas do governo, como o indicador da extrema pobreza abaixo de 5%, pela primeira vez na história, e a queda da taxa de desemprego. O crescimento previsto para 2024, em torno de 3,5%, não deve se repetir em 2025, já batizado por analistas como ‘o ano da desaceleração’.
De qualquer forma, ao decidie mudar a comunicação, Lula está convencido de que precisa atrair a classe média e a faixa de eleitores que recebe acima de dois salários mínimos, os chamados ‘remediados’, além dos evangélicos. Como fazer isso é outra história que nem o próprio governo sabe.
No Planalto, porém, a música ‘Sujeito de Sorte’, de Belchior, virou hit. Diz ela: ‘Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro. Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro’. Feliz Ano-Novo!”
Fonte: TNH1