O projeto do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) ‘Sede de aprender Brasil – Água potável nas escolas’, que atualmente funciona como um Grupo de Trabalho (GT) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), reuniu-se com alunos e professores de escolas públicas dos municípios de São Sebastião, Campo Grande, Feira Grande, Junqueiro, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Olho D’Água Grande e São Brás para a distribuição de 500 cartilhas de educação ambiental. A atividade é um desdobramento da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Durante o encontro, ocorrido no último dia 31, o promotor de Justiça Kleber Valadares, coordenador do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente do MPAL, fez a entrega das cartilhas e explicou a importância dessa iniciativa de cunho ambiental: “Foram cerca de 500 cartilhas que trazem informações e imagens sobre a fauna e a flora alagoanas, especialmente da Caatinga, possibilitando, por meio dela, que a comunidade escolar conheça mais acerca do meio ambiente que a cerca para, assim, ajudar na sua proteção”, detalhou o promotor.
Para Fernando Pinto, presidente do Instituto de Preservação da Mata Atlântica (IPMA), aqueles que conhecem melhor a natureza se tornam mais facilmente um fiel defensor dela. “Por isso os projetos de conscientização ambiental são importantes, porque eles explicam sobre os animais e as vegetações dos biomas, falando sobre o que significa cada um para determinada localidade. Se a gente informa e gera esse sentimento de proteção à natureza, a pessoa que está recebendo a mensagem certamente vai refletir e agir de forma a impedir a devastação e o tráfico de animais silvestres”, ponderou.
O evento, que ocorreu no município de São Sebastião, foi capitaneado pelo Ministério Público e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Desdobramento da FPI
A cartilha ambiental é um desdobramento da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, programa do Ministério Público que tem como principal objetivo preservar o Velho Chico, os seus povos e todo o ecossistema que vive no entorno daquela bacia.
“É uma iniciativa promovida pela equipe de educação ambiental, composta pelo Ministério Público, por meio do projeto Sede de Aprender, Batalhão de Polícia Ambiental, Instituto SOS Caatinga, Instituto de Preservação da Mata Atlântica, Tribunal de Contas do Estado e Instituto de Meio Ambiente. Durante as ações da FPI, nós já realizamos visitas às unidades de ensino levando essa consciência ambiental, então, agora, o que estamos fazendo é uma extensão desse trabalho, de modo que o trabalho seja ampliado”, acrescentou Kleber Valadares.
O Projeto Sede de Aprender, idealizado pelo Núcleo de Defesa da Educação do MPAL – coordenado pelo promotor de Justiça Lucas Sachsida, e que conta com o apoio do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente, foi criado em 2022. Desde então, ele vem visitando escolas de todo estado, fiscalizando e levando orientações sobre o reuso da água, educação ambiental e na busca de melhorias estruturais nas unidades de ensino, notadamente no que diz respeito ao saneamento básico.