O nome de Christian Lima Silva, sobrinho do ex-prefeito de Taboão da Serra (SP), José Aprígio (Podemos), voltou a aparecer em uma investigação de fraude eleitoral. Segundo a Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público, ele supostamente participou da encenação de um atentado a tiros contra o tio durante a campanha de 2024.
De acordo com as autoridades paulistas, a fraude teria sido planejada para sensibilizar o eleitorado e favorecer Aprígio no segundo turno contra Engenheiro Daniel (União Brasil). O caso ganhou repercussão após vídeos do então candidato ensanguentado dentro do carro e no hospital viralizarem nas redes sociais. No entanto, a investigação concluiu que o ataque nunca aconteceu de verdade e que tudo foi arquitetado para gerar comoção e influenciar o resultado das eleições.
A operação batizada de “Fato Oculto” aponta que ao menos nove pessoas estiveram envolvidas na suposta fraude, incluindo secretários municipais da gestão Aprígio e criminosos contratados para simular o atentado. Entre os citados, está Christian Lima Silva, que já havia sido investigado por outro caso de possível manipulação eleitoral em Alagoas, no pleito de 2020.
A acusação de que Christian Lima Silva teria reincidido na prática de fraudes eleitorais levanta questionamentos sobre a repetição desse tipo de estratégia em diferentes disputas políticas. Embora a Justiça tenha negado o pedido de prisão preventiva contra ele e outros envolvidos, buscas e apreensões foram realizadas para aprofundar as investigações.
As informações divulgadas pelo MP e pela Polícia Civil indicam que os executores da suposta fraude receberam R$ 500 mil cada, e o fuzil AK-47 utilizado na encenação teria custado R$ 85 mil. Enquanto um dos suspeitos foi preso, outros dois permanecem foragidos.
A Polícia Federal também acompanha o caso, e novas revelações podem surgir nas próximas etapas da investigação. O desdobramento do inquérito pode revelar se há conexões entre o esquema de Taboão da Serra e outras práticas suspeitas já investigadas em Alagoas.
Até o momento, nenhum dos acusados se pronunciou publicamente sobre as acusações.