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A cidade de Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió, mergulhou em uma turbulência política nesta segunda-feira (31), após um episódio que promete gerar desdobramentos judiciais e políticos nos próximos dias. Em uma sessão extraordinária na Câmara de Vereadores, foi anunciada a suposta renúncia do prefeito Carlos Gonçalves (PP) e do vice-prefeito Peterson Henrique (PP). A leitura da carta, atribuída ao prefeito, foi feita pelo presidente da Casa Legislativa, vereador José Rogério da Silva (PP), que assumiu interinamente a chefia do Executivo municipal.
Minutos depois da divulgação, Carlos Gonçalves rompeu o silêncio e classificou a ação como uma tentativa de golpe. Em uma nota oficial publicada nas redes sociais, o gestor negou categoricamente ter entregado qualquer carta de renúncia e declarou que o documento é falso, prometendo levar o caso à Justiça.
“Estamos diante de um ato inconstitucional e fraudulento. Não entreguei carta de renúncia nem manifestei qualquer intenção de deixar a função para a qual fui eleito com o apoio do povo de Rio Largo”, afirmou o prefeito.
Carlos Gonçalves também revelou que já havia denunciado recentemente a tentativa de falsificação de sua assinatura em cartórios de Rio Largo e Porto Calvo. Segundo ele, os indícios de fraude já foram levados ao conhecimento da Procuradoria-Geral de Justiça de Alagoas, que deve apurar o caso.
Eleito com ampla maioria no primeiro turno das eleições municipais de 2024, Carlos Gonçalves recebeu 62,99% dos votos válidos e tomou posse no final de dezembro. O gestor reafirma que permanece à frente da prefeitura, amparado pelo respaldo jurídico e pela legitimidade do voto popular.
A crise institucional ainda está em andamento e deve se intensificar nos próximos dias, com novas manifestações políticas, possíveis ações judiciais e forte repercussão pública.