No início da noite desta terça-feira (26), em meio a um clima de tensão do lado de fora da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas (ALE), os deputados estaduais derrubaram, por 18 votos a 8, o veto do governador ao polêmico projeto Escola Livre. No entanto, o Escola Livre passou sem os textos anexos que, segundo os opositores, provocariam a “lei da mordaça”.
Os manifestantes que se reuniram na Praça Dom Pedro II, chegaram a derrubar parte do muro de grade da ALE, quando o telão, colocado na praça para a população acompanhar a sessão, foi desligado. Policiais militares da ALE impediram a entrada dos manifestantes com cassetetes.
O projeto
O Programa "Escola Livre” terá os seguintes princípios: neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado; pluralismo de ideias no âmbito acadêmico; liberdade de crença; direito dos pais a que seus filhos menores recebam a educação moral livre de doutrinação política, religiosa ou ideológica; e educação e informação do estudante quanto aos direitos compreendidos em sua liberdade de consciência e de crença.
Os anexos
O projeto quer proibir a prática de doutrinação política e ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em disciplina obrigatória de conteúdos que possam induzir aos alunos a um único pensamento religioso, político ou ideológico. As entidades interpretam essa metodologia como uma proibição de debates políticos e de cidadania em sala de aula.
Fonte: TNH1
