Brasília (28/11/2014) — Voltou a jorrar água em volume expressivo, após quase três meses de seca, na principal nascente do Rio São Francisco, no Parque Nacional Serra da Canastra (MG). As fortes chuvas que caem na região nas últimas semanas contribuem para a recuperação do volume de água e normalização do estado do velho Chico, após o longo período de estiagem, considerado o maior nos últimos 30 anos.
“Em razão das fortes chuvas que estão caindo aqui diariamente, pedi para uma equipe avaliar a situação da nascente histórica e confirmamos que a água tomou conta de tudo, praticamente normalizando a situação”, comemorou o analista ambiental e chefe substituto da Unidade de Conservação, Vicente Faria.
A descoberta foi feita nesta quinta-feira (28). Antes disso, no entanto, a água começou a correr em nascentes menores da região, chamando a atenção dos gestores do Parque. “Sabíamos que se as precipitações da chuva continuassem fortes, a recuperação da principal nascente aconteceria naturalmente”, destacou Faria.
A biodiversidade do Parque Nacional Serra da Canastra, que também sofreu com diversas queimadas entre os meses de agosto e outubro, se recupera bem. “A chuva trouxe vida novamente para a nossa unidade. Melhorou muito, a vegetação está renascendo e rebrotando. A fauna já tem abrigo e alimento e tudo isso proporciona uma grande beleza cênica aos nossos visitantes. Aos poucos, a própria natureza coloca tudo em ordem”, finalizou o chefe substituto.
Sobre o Parque Nacional da Serra da Canastra
O Parque Nacional da Serra da Canastra situa-se no sudoeste de Minas Gerais, ao norte do Rio Grande – lago de Furnas e lago Mascarenhas de Morais e protege, principalmente, o bioma Cerrado.
Criado em abril de 1972, a Unidade de Conservação tem 200 mil hectares e preserva as nascentes do rio São Francisco e vários outros monumentos. O Parque possui variada beleza cênica e conta com grandes paredões de rocha onde existem várias e bonitas cachoeiras. Esse tipo de paisagem atrai adeptos dos esportes de aventura e do turismo contemplativo, entre outros, o de observação de aves silvestres.
Os pontos mais procurados são a nascente do rio São Francisco, a parte alta da Casca D’anta, primeira cachoeira do Rio São Francisco com 186 metros de altura, e sua parte baixa. Há piscinas de água muito fresca na parte superior, antes da queda, e um mirante. O parque é um divisor natural de águas das bacias dos rios São Francisco e Paraná.
Por Assessoria
Gustavo Frasão
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