Entenda o que é a estratégia e porque ela pode e deve ser aplicada na busca pelo crescimento do escritório de advocacia
Benchmarking é uma palavra de destaque no mundo corporativo. Há várias discussões que tratam sobre suas formas de aplicação, possíveis resultados e afins. O debate também chega à advocacia. Os profissionais do direito já entenderam que precisam estar atentos à necessidade de explorar novas possibilidades e ferramentas para fortalecer e expandir seu negócio. A pergunta mais recorrente é: como rotinas jurídicas podem ser otimizadas a partir do benchmarking?
O benchmarking pode ser interpretado como um processo empresarial no qual organizações estabelecem termos de comparação com outras instituições do mesmo nicho reconhecidas por sua excelência. O objetivo dessa iniciativa é identificar fragilidades e potencialidades do próprio negócio e, a partir disso, promover as mudanças necessárias.
A aplicação desse conceito à advocacia seria, portanto, uma forma de realinhar as rotinas jurídicas a partir da assimilação de boas práticas de escritórios que se destacam por liderarem determinado mercado por entregarem valor aos seus clientes.
Absorção das boas práticas de mercado
O grande objetivo do benchmarking passa pela absorção das melhores práticas de mercado no setor em que se atua. Trazendo essa realidade para a advocacia, o que se pretende é estabelecer uma troca de experiência junto a outros escritórios, na tentativa de incorporar o que há de melhor em termos de gestão.
Isso pode se dar tanto com negócios parceiros quanto com grandes bancas de advocacia, que lideram determinado mercado e não são concorrentes diretos. Para cada um desses casos, é necessário interpretar a estratégia empregada para não tentar implementar no escritório algo que não seja executável.
Aplicação no Direito
As empresas japonesas são reconhecidas em todo o mundo por empregarem o benchmarking de forma efetiva e pioneira. Exemplos disso são algumas gigantes da tecnologia, que expandiram suas operações graças ao esforço exaustivo de observar o que seus concorrentes fazem de diferente.
Nesse cenário, um caso único foi o da empresa Xerox, especializada em hardwares de impressão. Quando ainda se tratava de uma média empresa, havia um setor de engenheiros e técnicos voltados apenas a desmontar as máquinas das concorrentes e observar cada componente do equipamento com o intuito de identificar suas inovações em termos de funcionamento.
Se levarmos esse princípio para o mercado jurídico, podemos enxergar limitações por se tratarem de objetos de trabalho distintos. No entanto, estamos falando de algo totalmente aplicável a qualquer negócio, inclusive no ramo do Direito.
Nas estratégias de marketing e comunicação empregadas por determinado escritório, por exemplo, é possível analisar de forma crítica o que tem levado o concorrente a bons números. A dica é identificar quais ferramentas o escritório concorrente utiliza: se há campanhas em redes sociais, investimento em links patrocinados, produção de conteúdo relevante em canais como blog e e-mail, entre outros.
Sem a pretensão de simplesmente copiar uma estratégia, convém trabalhar esses pontos no negócio, caso ainda não tenham sido utilizados. A experiência de outros escritórios indica caminhos a serem percorridos ou não por quem compete por um mesmo público e tem o modus operandi similar.
O que os escritórios bem sucedidos fazem
Adotar o benchmarking como estratégia de gestão permite conhecer as práticas dos escritórios concorrentes e pode também abrir os olhos do gestor para o que há de mais moderno na área. No geral, existe um fator que diferencia os escritórios de sucesso dos demais: a inovação. Investimentos inteligentes em tecnologia são uma premissa básica para o sucesso de qualquer negócio, inclusive dos escritórios de advocacia.
Nesse sentido, é altamente recomendável implantar um software jurídico, uma ferramenta capaz de integrar todas as atividades da rotina advocatícia. Além de permitir conduzir o trabalho de maneira sistêmica, o recurso automatiza tarefas, otimizando o tempo da equipe ao liberá-la de trabalhos mecânicos para se dedicar a melhorar petições ou captar clientes.
Além disso, o software para advogados torna possível profissionalizar a delegação de tarefas e criar alertas para o cumprimento das mesmas, evitando erros cruciais como a perda de prazos processuais.
Ao aplicar o benchmarking o advogado empreendedor perceberá que as bancas de advocacia mais destacadas não abrem mão desse tipo de tecnologia, uma vez que trata-se de algo indispensável num mercado que exige respostas cada vez mais rápidas e eficazes.