Seria verdade que médicos cubanos conseguiram a cura para o vitiligo?
Rola na internet (e não é de hoje) uma notícia de um site escrito em castelhano onde afirma que médicos cubanos conseguiram a cura para o vitiligo, mas será verdade isso?
Fomos investigar
Primeiramente você deve saber o que é o vitiligo.
O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou à ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença.
Já sobre a matéria deste site https://vidasalud44.blogspot.com/2019/09/el-mundo-entero-celebra-medicos-cubanos-logran-cura-para-el-vitiligo.html , a foto que estampa a manchete na verdade não tem nada relacionado a cura da doença.
Na verdade trata-se de CHERI LINDSAY, uma mulher negra americana que sofre com a doença. Ela fez um vídeo para mostrar como a maquiagem pode esconder as ações da doença em sua pele.
Na verdade “essa cura do vitiligo” já vem divulgada há muito tempo, desde 2016 circula na internet essa mesma notícia.
Nem a terra do Fidel nem nenhum outro país tem a cura ou o medicamento definitivo para o vitiligo. A questão é que, em uma doença como essa, o maior impacto é na aparência. E isso, que está muito associado a autoestima, faz as pessoas se submeterem a tratamentos agressivos, “milagrosos” e que, na verdade, não levam a lugar nenhum. O caso de Cuba é curioso porque todo ano surge a mesma notícia: “Cuba celebra a cura do vitiligo”. Esse fator de cura é a chamada Melagenina Plus, um medicamento derivado da placenta humana. De acordo com especialistas, o remédio age nos melanócitos que estão ao redor da mancha, estimulando a multiplicação dessas células, que migram para as áreas brancas. Assim, a cor volta. O medicamento é fabricado e vendido pelo Centro de Histoterapia Placentária (CHP), em Havana. No Brasil, a Anvisa barrou o produto e há quem diga que o remédio não foi aceito aqui por não ser fabricado por uma grande empresa farmacêutica. Mas, os resultados, mesmo em Cuba, não é garantido: funciona para alguns e nem tanto para outros. Assim como todos os outros tratamentos. Ou seja, tem seus méritos, mas não faz milagre.