FPI interdita feira clandestina de animais em Piranhas

Espaço sem estrutura adequada para criadores e animais funcionava sem autorização e controle sanitário.

Em uma abordagem educativa, a Equipe de Produtos de Origem Animal, da Fiscalização Integrada Preventiva (FPI) do São Francisco, interditou, na manhã deste sábado (26), uma feira clandestina de animais que funcionava no distrito de Piau, em Piranhas.

O espaço, que funcionava às margens da AL-220 sem estrutura adequada para animais e criadores, também não tinha o Registro de Evento Agropecuário (documento que autoriza o funcionamento da feira) e nem responsável técnico veterinário para monitorar a saúde dos animais.

Consequentemente, os criadores que comercializavam na feira clandestina não possuíam a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que possibilita a rastreabilidade das propriedades com vacinação dos animais atualizada e autoriza o trânsito deles da propriedade até a feira.

“O maior problema das feiras clandestinas é o risco sanitário. Porque nelas não há garantia que os animais comercializados estão vacinados. Isso é um risco porque um animal doente pode contaminar outros que estão na feira, e, até mesmo propagar a doença por rebanhos da região”, explica o coordenador da Equipe de Produtos de Origem Animal, George Gomes.

EDUCAÇÃO SANITÁRIA

Na oportunidade, a equipe da FPI informou aos criadores da interdição da feira e os orientou a buscar um ponto de comercialização legalizado; assim como, a vacinar os animais e a fazerem a emissão da GTA ao realizarem o transporte dos animais.
Como a feira clandestina ocupava a área do antigo abatedouro, que está desativado, a Prefeitura Municipal de Piranhas foi autuada e orientada a fiscalizar e impedir a concentração de animais no local.

Os currais improvisados foram interditados e a gestão municipal ainda foi notificada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) por conta da ausência de um responsável técnico para assegurar o bem-estar dos animais.

Com a feira finalizada e os criadores orientados sobre as exigências sanitárias, os gestores municipais foram instruídos, e, caso tenham interesse em regularizar a feira, devem estruturar o espaço e cadastrar o evento agropecuário na Agência de Defesa Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL), seguindo todas as normativas para legalização do comércio de animais.
Integra a Equipe de Produtos de Origem Animal, da Fiscalização Integrada Preventiva (FPI) do São Francisco, representantes da ADEAL, CREA, CRMV, IMA, BPA e PRF.

Texto Waldson Costa
Foto Jonathan Lins