O ciclone que arrasou quase 100 cidades do Rio Grande do Sul ainda está causando temor em parte importante dos brasileiros. No estado, quase 50 pessoas morreram, e milhares perderam tudo após a passagem do fenômeno natural. Boa parte das vítimas ainda não conseguiu voltar para casa.

Ao todo, o estado do Rio Grande do Sul registra oficialmente a marca de 925 pessoas feridas e pouco mais de 20,5 mil fora de casa neste momento. Em números exatos, 98 cidades foram fortemente atingidas pela passagem do ciclone.

Para além do desastre humano, o Rio Grande do Sul ainda contabiliza outras perdas importantes. Dados oficiais divulgados mais recentemente mostram que mais de 29 mil animais de criação morreram no estado em decorrência da passagem do ciclone. É o que aponta um documento elaborado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e divulgado nesta semana pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

Novos ciclones?

Estudos do Inmet mostram que três ciclones estavam se destacando nas imagens de satélite na tarde da quinta-feira (14). Dois deles são tropicais, e estão se formando no Hemisfério Norte, ou seja, bem longe do Brasil. O terceiro, no entanto, está se formando no Hemisfério Sul. Nos três casos, a formação está se dando sobre o oceano Atlântico.

Vale lembrar que estes fenômenos são naturais para esta época do ano. O Atlântico Norte está no meio da temporada de furacão. Já a parte mais ao sul do oceano está passando pelo inverno, o que favorece uma maior frequência de ciclones extratropicais, como o registrado no Rio Grande do Sul.

TRÊS CICLONES a caminho? Confira ALERTA do Inmet
Imagem de satélite aponta localização dos ciclones. Imagem: Reprodução

Preciso me preocupar?

Mesmo que você resida em alguma cidade do estado do Rio Grande do Sul, não há por agora motivos para ficar preocupado. De acordo com a maioria dos especialistas, a formação deste tipo de ciclone na região nesta época do ano não é incomum. Especificamente este que está aparecendo na imagem está se afastando do continente.


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Na prática, isso significa que ele ainda pode causar uma ventania forte em todo o litoral do Rio Grande do Sul, mas é muito pouco provável que ele provoque destruições, como as que ocorreram na última semana.

Além do Rio Grande do Sul

Na Líbia, uma tempestade tropical causou a morte de ao menos 11 mil pessoas no leste do país. Além disso, outras milhares estão desaparecidas em decorrência de uma grande enchente que devastou a região. A cidade de Derna foi uma das mais atingidas pelo fenômeno climático.

Segundo projeções do governo local, o número de desaparecidos gira em torno de 6 mil, o que pode indicar que a quantidade de mortos pode crescer muito nos próximos dias. Várias equipes de reforços tentam encontrar pessoas com vida, e para isso eles estão correndo contra o tempo.

Desastres naturais

Mas afinal de contas, o que explica a enorme quantidade de desastres naturais ocorrendo em todo o mundo em um intervalo tão curto de tempo? Todos estes casos estão interligados? Estas são perguntas que estão sendo feitas por várias pessoas ao redor do planeta neste momento.

De acordo com os principais especialistas, desastres naturais sempre foram registrados na história da humanidade. Mas o que se observa é uma constância muito maior deste tipo de problema em várias partes do mundo, e isto pode estar ligado ao processo de mudanças climáticas.

“A área atingida no Rio Grande do Sul não é considerada de risco, nenhum município ou as localidades compreendidas não estão entre os 14 mil pontos do Brasil de áreas de altíssimo risco. É fato que estamos vivendo com as mudanças climáticas”, afirmou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em entrevista à CNN Brasil.

 

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Fonte: Notícias Concursos