Liderado pelo brasileiro André Jardine, o América sagrou-se tricampeão da Liga MX após vencer o Rayados na final.
LOS ANGELES – Sim, já é tricampeão… e agora vai para o #Tetra. América, 3-2 no geral sobre os Rayados. Grande mérito de André Jardine. El Nido estava entre os necessitados no Play-In e na noite deste domingo em Monterrey beijou os terceiros cálices da glória. Sim, já é Tri, e vai para #Tetra… com ou sem truques.
O América foi o reflexo fiel do seu torneio. Na noite deste domingo ele teve posse de 29% a 71% do Rayados. Este foi o seu Apertura 2024. Agachado, mas letal. Retraído, mas explosivo. Sóoo Pachuca, com um futebol espetacular, fez uso de tal recurso. No amor, na guerra e no futebol, vale quase tudo.
A questão é se com o colapso administrativo, esportivo, estrutural que a queda de Juan Carlos #LaBomba Rodríguez significou para a FMF, André Jardine, depois deste #Tri, estará mais próximo dos outros #Tri… ou optará por ir para o #Tetra.
A América impôs condições novamente. É verdade que sofreu taquicardia, tonturas e sonolência, mas Luis #ElArcángel Malagón voltou a aparecer para reprimir os ataques reais, exceto o remate de Johan Rojas, que gerou o 1-1. Uma gravata que causou microsismos em cada coração arranhado e em cada carnuda urna americanista onde mora #HateMeMás.
Richard Sánchez, o homem que marca poucos gols, porque tem um paladar rigoroso de delicatessen para só marcar grandes gols. E fez de novo, um obus, diante de uma gostosa brincalhona, carinhosa, festiva, faminta, que Alejandro Zendejas lhe deu com o beijo de Natal para fazer o 0-1.
Sem Lucas Ocampos, Monterrey era uma Fórmula 1 com pneu furado. Empurrou, rugiu, mas a clareza vertical, definidora de situações de gol que o argentino lhe dá, não esteve presente, apesar de uma vontade espartana de Sergio Canales.
Falou-se da propriedade de 29% do El Nido. E os números são escandalosos: Rayados com 22 chutes, seis a gol, enquanto o América fez quatro, apenas três a gol. Você não precisa de mais. Um bom batedor de carteiras só precisa de um momento, como o de Richard Sánchez.
Tetra é realmente possível? É de um time de base. E solidariedade absoluta. Figuras que pareciam essenciais e intocáveis, agora entendem que para Jardine todo mundo é um peão, e para quem se sente rainha ou rei, no xadrez cotidiano, a banca será seu único trono.
Mais uma vez, trabalhos marcantes de Álvaro Fidalgo e Alejandro Zendejas. Embora Richard Sánchez possa ostentar a coroa de louros de MVP da Liguilla, sem dúvida o MVP do torneio, pelo menos pelo América, é Zendejas, desdenhado publicamente talvez porque decidiu jogar pelos Estados Unidos ou porque é mexicano ou porque ele tem uma história em Chivas. O lábaro do MVP, sim, é do Zendejas. E para pesar de Javier Aguirre, hoje a Seleção Mexicana não conta com um jogador de sucesso como ele.
Com o festival mediático destes tempos, as redes sociais alegraram-se com excertos televisivos, para complementar o carnaval entre as férteis máscaras de emoções de risos e choros. E dizem que é só futebol.
Por um lado, as comemorações de Cuauhtémoc Blanco tornam-se lendárias, zombando de seus colegas locutores. O Corcunda de Nossa Senhora de Tlatilco já compensou essa injustiça na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, com a maltratada dignidade e coragem de Ricardo Lavolpe.
E as fotos do dono do América, Emilio Azcárraga. É claro que este #Tri que as suas Águias conseguem enche-lhe o coração, porque o outro #Tri, aquele das tragédias sinuosas, só lhe enche os bolsos. E ele sabe que existem bases para o #Tetra… com ou sem truques.
O América chega a 16 títulos e é tricampeão. E seu rival supostamente ferrenho, Chivas? O Rebanho só goza de saúde plena com as misturas Omnilife.
Fonte: ESPN Deportes