Engana-se quem pensa que não deu em nada a tentativa de uma empresa do mercado imobiliário em transformar em um complexo de vários edifícios residenciais a enorme área verde, à beira mar de Jatiúca, onde está instalado, desde 1979, o Hotel Jatiúca.
O caso ganhou repercussão nacional, no ano passado, pela possibilidade de extinção de um dos mais belos cartões postais de Alagoas e que é, ao mesmo tempo, um recanto natural aprazível de Maceió, cidade de belas praias, porém com poucas áreas verdes.
Diante da dimensão que na época alcançou a negociação entre a construtora e o Grupo Lundgren, proprietário do Hotel Jatiúca, o Ministério Público Estadual interveio, através do promotor de justiça Jorge Dória, e o caso foi encerrado pelo fato de o negócio não ter sido formalizado junto aos órgãos públicos competentes.
Pois neste início de ano circulam nos bastidores do mercado imobiliário fortes comentários sobre a retomada das negociações para implantação de várias torres residenciais no espaço hoje ocupado pelo Hotel Jatiúca, citando-se, por exemplo, que o interesse agora é de um grupo de empresas com atuação em nível nacional.
Outro caso citado, com possíveis reflexos sobre o meio ambiente, é sobre o interesse de uma empreiteira local na aquisição das casas de um antigo complexo residencial no bairro de Jacarecica para posterior demolição dos atuais imóveis e implantação de edifícios altos e modernos – uma prática, aliás, que tem sido uma tendência no setor imobiliário.
Outra situação comentada no meio é a incorporação das instalações da Associação dos Delegados de Policia de Alagoas, também à beira mar de Jacarecica, para permitir a construção de vários edifícios residenciais naquel área, um das mais valorizadas do litoral alagoano.
Fonte: TNH1