Quais casos podem ser atendidos na consulta online?

A pandemia de Covid-19 reforçou a importância das tecnologias de informação também para a área da Saúde.

Para facilitar o acesso dos pacientes ao atendimento médico sem descumprir a precaução do distanciamento social e evitar que fiquem sem assistência adequada por temerem ir aos hospitais, o Conselho Federal de Medicina (CFM) abriu uma exceção autorizando a teleconsulta, a consulta online.

A prática médica sem a presença física pode ser usada no monitoramento de pacientes, em especial os que estão em grupos de risco, ou mesmo para o atendimento inicial. Um exemplo é a orientação a pessoas que se queixam de sintomas do novo coronavírus e têm dúvidas sobre como proceder.

Além dos médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e enfermeiros também podem atuar de forma remota, seguindo as resoluções dos respectivos conselhos profissionais.

Anteriormente, as vertentes da telemedicina permitidas eram a consulta entre médicos para a discussão de diagnóstico, acesso a laudos, teleassistência e teleducação.

De acordo com o CFM e o Ministério da Saúde, a consulta online estará liberada enquanto persistir a emergência decretada devido à pandemia. Quando a situação for normalizada, a prática será suspensa para a retomada das discussões no Conselho a fim de regulamentá-la.

O que é a consulta online?

A consulta online é uma das possibilidades da telemedicina – processo para monitorar pacientes, trocar informações médicas e analisar resultados de diferentes exames entregues de forma digital, além de definir a prescrição de tratamentos.

Médicos e pacientes podem interagir a distância, por meio de videoconferências ou videochamada. Os envolvidos precisam apenas dispor de conexão à internet, seja por computadores, smartphones ou tablets.

A medida foi adotada por hospitais e clínicas em todo o país. A Rede D’Or São Luiz, por exemplo, disponibilizou a opção para os pacientes do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Maranhão, Ceará, e também do Distrito Federal.

Por meio de videochamadas pelo computador ou através de um aplicativo gratuito que precisa ser instalado no celular, as pessoas podem ser atendidas por clínico geral, pediatra e cardiologista.

Entre tantas vantagens da teleconsulta, e não somente para o período de pandemia, está o fato de a opção tornar o serviço médico acessível para pacientes de regiões geográficas remotas, com dificuldade de locomoção ou com atendimento escasso.

Além disso, é uma forma de otimizar tempo e custo, e de solucionar dúvidas e situações de maneira ágil.

Como fazer teleconsulta pelos planos

Em geral, o agendamento da consulta online nos planos de saúde pode ser feito pelos respectivos sites. Após escolher a data, especialidade médica, cidade, estado e hospital de referência, o paciente receberá um e-mail para acessar à consulta por vídeo.

A recomendação é que o paciente esteja conectado 15 minutos antes do horário agendado, tendo em mãos o documento de identificação e a carteirinha do plano de saúde.

Um atendimento prévio feito por um recepcionista confirma os dados para cadastramento e, em seguida, a consulta segue com médico e paciente na sala virtual.

Receitas médicas, pedidos de exame, atestados e outros documentos são enviados ao paciente por e-mail, ao final do atendimento.

O ideal é que as consultas a distância sejam seguidas de atendimentos presenciais. De acordo com especialistas da Rede D’Or São Luiz, a teleconsulta não é recomendada para emergências.

Por exemplo, suspeitas de infarto, AVC, fraturas, etc, sintomas mais graves da Covid-19 requerem suporte hospitalar rápido. Nestas situações, o paciente deve procurar imediatamente o pronto socorro.