Decisão Impactante: COPOM Eleva Taxa de Juros para 13,25% ao Ano – Entenda os Efeitos na Economia!

Gráficos mostrando impacto econômico

O aumento do dólar e a inflação impactaram a decisão (Foto: Banco Central)

O recente aumento do dólar e as incertezas sobre a inflação e a economia global levaram o Banco Central (BC) a elevar novamente as taxas de juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano. Essa decisão, já antecipada pelo mercado financeiro, foi confirmada após o anúncio feito pelo Banco Central durante a reunião de dezembro.

Em um comunicado, o Copom destacou que as incertezas internacionais, principalmente nos Estados Unidos, levantam questões sobre a política do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). No cenário brasileiro, o texto apontou que a economia está aquecida, com a inflação e seus núcleos (que excluem preços voláteis como alimentos e energia) acima da meta estabelecida. Além disso, as incertezas sobre os gastos públicos têm gerado volatilidade nos preços dos ativos.

“O comitê continua monitorando atentamente como as decisões de política fiscal influenciam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre a sustentabilidade da dívida e o regime fiscal afetam de forma significativa os preços dos ativos e as expectativas do mercado”, ressaltou o comunicado.

Para as próximas reuniões, o Copom confirmou que a Selic será aumentada em 1 ponto percentual em março, mas não indicou se as altas continuarão em maio, afirmando apenas que o cenário inflacionário será avaliado. “O comitê reforça que a magnitude total do ajuste monetário será determinada pelo compromisso de alcançar a meta de inflação e dependerá da evolução dos preços”, afirmou.

Esta foi a quarta alta consecutiva da Selic. A taxa está no seu maior nível desde setembro de 2023, quando também atingiu 13,25% ao ano. Esse movimento consolida um ciclo de política monetária restritiva.

Após atingir 10,5% ao ano entre junho e agosto do ano passado, a taxa começou a subir em setembro, com aumentos de 0,25 ponto, 0,5 ponto e, por fim, 1 ponto percentual.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em dezembro, o IPCA registrou uma alta de 0,52%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar da redução nas tarifas de energia, os preços de alimentos, especialmente carnes e algumas frutas, continuaram subindo.

Com isso, o indicador acumulou um aumento de 4,83% em 2024, ultrapassando o limite da meta estabelecida para o ano anterior. Pelo novo sistema de meta contínua, que entrou em vigor este mês, a meta de inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Assim, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta é avaliada mês a mês, considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses. Por exemplo, em janeiro de 2025, a inflação desde fevereiro de 2024 será comparada com a meta e o intervalo de tolerância. O mesmo processo se repete nos meses subsequentes, permitindo um acompanhamento dinâmico.

No último Relatório de Inflação, divulgado em dezembro pelo Banco Central, a projeção para o IPCA em 2025 foi mantida em 4,5%, mas pode ser revisada dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será publicado no final de março.

As previsões do mercado são menos otimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deve fechar o ano em 5,5%, 1 ponto acima do limite da meta. Há um mês, a estimativa era de 4,96%.

O Copom também atualizou suas projeções, prevendo que o IPCA chegará a 5,2% em 2025 e 4% no acumulado em 12 meses até o final do terceiro trimestre de 2026. O Banco Central utiliza um “horizonte ampliado”, considerando a inflação em um prazo de até 18 meses.

As estimativas de inflação do Copom foram revistas para cima. Na reunião anterior, em novembro, a previsão era de um IPCA de 4,5% em 2025 e 4% até o segundo trimestre de 2026.

Crédito mais caro

O aumento da Selic contribui para o controle da inflação, pois juros mais altos encarecem o crédito e reduzem o consumo e a produção. No entanto, taxas elevadas também podem frear o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central revisou sua projeção de crescimento para 2025, elevando-a para 2,1%.

O mercado projeta um crescimento um pouco menor. Segundo a última edição do boletim Focus, analistas preveem uma expansão de 2,06% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros é utilizada nas transações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para outras taxas de juros na economia. Ao elevar a Selic, o Banco Central reduz a demanda excessiva que pressiona os preços, já que juros mais altos tornam o crédito mais caro e incentivam a poupança.

Por outro lado, ao reduzir a Selic, o BC torna o crédito mais acessível, estimulando a produção e o consumo, mas pode enfraquecer o controle da inflação. Para cortar os juros, a autoridade monetária precisa ter certeza de que os preços estão sob controle e não há risco de subida.

Fonte: Banco Central

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