Ambulantes protestam após bloqueio de acessos à Praia do Francês, em AL

Manilhas de concreto foram colocadas para barrar carrinhos de ambulantes. Prefeitura de Marechal tinha proibido comércio fixo na praia.

Ambulantes usaram uma marreta para quebrar manilhas de concreto que impediam o acesso à praia (Foto: Carolina Sanches/G1)
Ambulantes usaram uma marreta para quebrar manilhas de concreto que impediam o acesso à praia (Foto: Carolina Sanches/G1)

Mais de 50 ambulantes que trabalham em pontos fixos com carrinhos e barracas na Praia do Francês se revoltaram com a obstrução dos acessos ao local, e protestaram na manhã desta terça-feira (25), em Marechal Deodoro. Com marretas e picaretas, os comerciantes destruíram manilhas de concretos que formavam as barreiras.

Em fevereiro do ano passado, a Superintendência do Patrimônio da União no Estado de Alagoas (SUP-AL) determinou que os comerciantes desmontassem as barracas e voltassem a comercializar seus produtos de forma itinerante. A medida tinha o objetivo de promover uma reordenação da praia que é um dos principais pontos turísticos do estado.

Segundo o presidente da Associação das Pequenas Barracas do Francês, Plínio Tasso, os obstáculos foram colocados há dois dias pela prefeitura, e nesta terça uma comerciante identificada como Joana ficou ferida quando tentava passar por cima do concreto e o carrinho de comida caiu por cima dela.

“Antes, a prefeitura já fechava o acesso à praia com correntes e agora foi pior. Isso tem prejudicado a classe. Os ambulantes têm dificuldades para entrar. Os carros precisam ficar distantes. E isso é contra os direitos humanos”, disse.

“Falam que não podemos entrar na praia. Não tem como descer para a praia sem o carrinho, como a prefeitura quer. Para isso, teria que ter um lugar para nós guardarmos as coisas”, reclamou a ambulante Ana Patrícia Freitas.

A comerciante Vânia Ivanilza destaca que os empresários donos de hotéis querem transformar o trecho da praia em local privado. “Eles querem mandar na beira da praia. Trabalho aqui há 21 anos e nunca vi isso. Não tem como a gente ficar sem os nossos carrinhos”, afirmou.
A Polícia Militar foi ao local e, segundo o tenente Lopes, não houve confusão além da quebra das manilhas. “Vamos nos reunir com a prefeitura e comerciantes para saber a melhor saída para o impasse”, disse.

Por: G1/AL