MPF propõe ação contra prefeito de União dos Palmares

Segundo o órgão, foi detectado mau uso de verbas federais para Educação. Baía está afastado do cargo pela terceira vez, por decisão da Justiça.

O Ministério Público Federal em Alagoas (MPF-AL) propôs uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra o prefeito de União dos Palmares, Beto Baía (PSD), que está afastado do cargo pela terceira vez por decisão da Justiça.

Nessa ação, que é a primeira de duas propostas pelo órgão federal, o prefeito deve responder por fraudes detectadas no uso de verbas federais para a Educação. A segunda ação tratará de irregularidades na Saúde e Previdência.

A reportagem do G1 tenta contato com o prefeito, para comentar as ações propostas pelo MPF.
Segundo o MPF, optou-se por separar as ações por conta do alto número de problemas detectados também pela Controladoria Regional da União em Alagoas (CRU-AL).

A primeira das ações foi proposta em abril deste ano, e nela constam os nomes de 26 pessoas, que estariam envolvidas em fraudes a notas fiscais de serviços que nunca foram executados, pagamentos realizados à empresa de um servidor do município e quatro contratações que beneficiaram o Instituto Prisma de Desenvolvimento Humano (IPHD), com direcionamentos e sobrepreços.

O MPF afirma ter encontrado provas de que Beto Baía e o ex-secretário de Educação Ricardo Leão Praxedes lideraram um esquema de fraudes na emissão de notas fiscais, de direcionamento em contratações e desvios de recursos públicos federais em União.

Em um dos casos, continua o MPF, uma nota fiscal havia sido emitida antes de ter sido autorizada, para o transporte de várias pessoas em uma motocicleta. Em outro caso, foram encontradas várias notas fiscais relativas à construção de banheiros que nunca foram levantados.

Caso a ação seja julgada válida pela Justiça, os citados, incluindo o prefeito, responderão pelos danos causados e também estarão sujeitos às sanções da Lei de Improbidade Administrativa, que incluem desde o pagamento de multa pecuniária, perda da função pública e suspensão dos direitos políticos.

Fonte:G1