Protesto é para mostrar descontentamento com adiamento da audiência sobre caso que chocou toda a cidade de Penedo

Através de uma postagem numa rede social, Mônica Reis, mãe da jovem penedense que até o momento nunca foi encontrada, Roberta Dias, divulgou um ato de manifesto para pedir que o caso de sua filha não seja esquecido e termine em impunidade. A manifestação está marcada para esta quinta-feira, 22 de novembro, a partir das 09h30, na Praça São Judas Tadeu, próximo ao Colégio Diocesano, parte alta de Penedo.

“Amigos,pais,mães,sociedade penedense.
Mais uma vez foi adiada a audiência do” Caso ROBERTA DIAS ”, sem data prevista para acontecer.
Vivemos uma angústia que parece não ter fim. Estamos cansados de tanta injustiça e omissão, pedimos , clamamos, não deixem que os assassinos fiquem impunes.
Quinta-feira, dia 22, a partir das 09hs30, concentração na Praça são Judas Tadeu, sairemos em caminhada em direção ao fórum.
Venha caminhar conosco!
Junte-se a nós!
É a dor de uma mãe que perdeu uma filha de forma brutal, e clama por justiça.
Preciso do seu apoio”

Reprodução: Facebook

Relatou mãe da jovem no Facebook.

ENTENDA

Roberta, em 2012 com 18 anos, foi vista pela última vez em um ponto de ônibus depois de deixar uma unidade de saúde. Alguns dias antes de sumir, ela havia revelado aos pais que estava grávida. Em maio deste ano foi divulgado na internet um laudo pericial produzido pela Polícia Federal de uma conversa gravada em áudio em quem um homem admite que ajudou o pai do filho de Roberta a assassiná-la. No áudio, Karlo Bruno Pereira Tavares conversa com um amigo por telefone. “Matei por uma bosta, por uma besteira”, dizia ele. Ele conversa durante 43 minutos com esse amigo sobre o homicídio e dá detalhes do motivo e de como tudo aconteceu.

Mary Jane, 51, é mãe de Saullo de Thasso, ex-namorado de Roberta Dias e pai do filho que ela esperava. Ela e Karlo Bruno foram acusados de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.

Saullo só é citado na denúncia quando o MP fala sobre o crime. Ele não é processado nesta ação penal.

Na denúncia, Lemos afirma que Karlo Bruno e Saullo participaram da morte da gestante com a intenção de provocar aborto do feto, à época com três meses.

Para isso, sequestraram Roberta, a levaram até um local deserto, onde foi asfixiada com com um fio de som de carro. Depois, abandonaram o corpo em cova ainda não localizada.

Já Mary Jane, teria sido “a mentora e financiadora da empreitada criminosa” e que durante o crime ela ligou três vezes para o filho “evidenciando a orquestração da trama promovida pela denunciada”. Em 2013, ela ficou presa por 60 dias, mas foi liberada após o fim da prisão temporária.

Além disso o promotor alega que a jovem recebeu mensagens de celular para se encontrar Saullo para falar da gravidez, foi convencida a entrar no carro e depois teria sido assassinada, embora o corpo nunca tenha sido encontrado.

Com informações do G1